sexta-feira, 18 de setembro de 2020

QUÃO BREVE É A VIDA

por Margarida Montejano

Quando o lírio em botão se abre,
a lira dos anjos toca a mais bela
canção do vento.
O vento entre, acordes,
faz folhas e flores,
do chão à copa das árvores,
num ritmo
dançante, balançar.
E no balanço sentido, vivido,
aromas, perfumes, fragrâncias
se espalham no ar.
Felizes os que (com)partilham!
A canção do vento, em nome do lírio, da dança,
da terra, florestas e rios
pede chuva.
Clama para que as correntes,
quentes e frias, se encontrem.
E, no calor do desejo, lavem as cinzas e fuligens
produzidas pelos “homens de bem”.
Limpem os corações produzindo consciência!
Quando o lírio em botão se abre,
altivo entre as flores
nos traz um alento. Um ensinamento:
Pare, olhe e sinta!
Somos todos natureza
e o nosso tempo é curto.
Nossa beleza é efêmera,
Nossa história é líquida e breve e,
em breve, nos encontraremos.
Cuidemos da vida, irmãos!
Cuidemos de nossa natureza enquanto há tempo!
17/09/2020
Obs. Texto inspirado no poema "cinzas e fuligens" de
Nirlei M. Oliveira



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